terça-feira, 29 de novembro de 2011

Correspondências ritualísticas para a Espiral do Adepto relacionado com A Estrela de Ishtar.



Correspondências ritualísticas para a Espiral do Adepto relacionado com A Estrela de Ishtar.
Iseums, As fornalhas da Deusa




Oráculo de Dana


Sacerdotisa: (Invocação) Bela Dana, nos traga um vislumbre de fascínio além do que é conhecido. Independente de quanto estamos satisfeitos com nossa existência na terra, as vezes um desejo vem a nós como uma luz através de uma misteriosa passagem.

Oráculo: Eu sou a voz que te chama de longe. Eu sou o Melro que canta pela manhã e te traz de volta de seus devaneios em seus caminhos, eu sou o raio de sol que brilha sobre as colinas e que ao encontrar as mais belas flores produz sombra nas charnecas. É o incenso de minhas vestes que traz consigo o cheiro de Jacintos e lírios do campo. Quando você me procura sem eu ter chamado, não sou encontrada. Mais ainda Eu posso me manifestar inesperadamente, no momento menos oportuno, enquanto você banha seus pés num riacho, ou sobe em uma árvore para colher seus frutos. Meus suspiros estão nas brisas que gentilmente tocam seus cabelos, e Eu sou o cisne selvagem que com seu par voa mais alto que as árvores, além dos rios.
Mas ainda, Eu sou a escuridão que envolve as formas familiares, as tornando sinistras e confundindo o que era conhecido a luz do dia. Através de uma porta meio aberta eu sou sentida, eu sou o ranger de um portão que se abre rumo ao selvagem e desconhecido, sou ouvida no som de uma coruja. Eu torno digno com meus raios lunares os vilarejos mais horrendos, mas eu também sou a sombra da terra que A cobre em Sua obscuridade.
Pois é em Meu mistério que repousam Meus encantos. Viver para sempre sob a luz do dia, encerrado em uma sala, uma casa, um jardim domado e uma cidade é perder seu direito de nascença, o direito de viver grandes aventuras atrás do conhecimento, amor e glória! E isso só poderá voltar a ti quando tu recuperar o espírito aventureiro de uma criança questionadora, a curiosidade de um gato, a coragem de uma besta selvagem. Eu não inspiro nenhuma alma covarde! Minha sabedoria e alegria são ganhos através de uma aceitação generosa de uma nova compreensão. Venha comigo. E Eu vou te mostrar os abismos e tu serás amigo daqueles que moram na escuridão, pois estes também são meus filhos amados. Eu dançarei contigo na Terra multicolorida da Juventude, e estudarei contigo nos Palácios Solares do Aprendizado.
Mas quando erguer teus olhos para as estrelas, Eu hei de ergue-te comigo para o meu reino celestial, e ao abrir tuas asas você se transformará num cisne brilhante! Mesmo assim, dentro de ti deverá pra sempre existir teu passado e é através dele que você vai se sustentar para crescer no futuro em consciência de sua imortalidade.

Panthea, Iniciações e Festivais da Deusa
Fellowship of Isis Liturgy
by Olivia Robertson
Parte I. A espiral de Tiamat. As quatro Iniciações Básicas.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Oráculo de Isis


Invocação: Grandiosa Isis de muitas formas, com suas asas abertas a nos acolher, a ti eu me volto e peço as suas bênçãos. Que a nossa pequena espiral de companheiros possam ser abençoados por Tua Graça, amor e sabedoria.

ORÁCULO DE ISIS


Oráculo: Não despreze nem mesmo o menor esforço. A prece mais simples para as Deidades imortais aumentam cada ato de coragem de encontro a bondade. A oferenda mais humilde entregue a mim por corações amorosos é expandida mil vezes; a luz de uma pequena vela pode refletir-se através de infinitos espelhos, assim como uma sementinha pode gerar um grande ciclo de vida neste vasto planeta, a luz de um sol já apagado pode ainda captar os olhares daquelas almas que ainda o vêem na espiral de tempo e espaço. O segredo desta espiral é que você pode elevar a sua alma através da lei das oitavas. Assim como uma nota musical pode ser repetida cada vez mais alto, sua alma também pode viajar através das esferas com a ajuda da compreensão da chave cósmica.

Não acredite num professor que sabe tudo! Na verdade isso é ignorância. Prefira acreditar num professor que diz que ambos estão somente no inicio! Pois isto é verdade. De inicio à humanidade foi dada a escada da autoridade – com as Divindades no degrau maior, seguido dos mestres e de uma hierarquia que descende e termina no que era chamado de “ordens menores”. Isso supria aqueles aprendendo o caminho intelectual. Mas agora lhe é entregue a espiral, que se estende ao infinito e ainda pode ser usado em seu dedo como um anel. Pois o próprio anel tem seu ser espiritual, psíquico e divino.

Então viaje pelo caminho espiral do Adepto que segue para dentro e para fora, expandindo e contraindo – Grandiosa como a Deusa Cósmica – e pequena como a sua centelha divina. 

Fellowship of Isis Liturgy
By Olivia Robertson
Spiral of the Adepti 

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Irmandade de Isis - Manifesto

Aset Shemsu - Logo da Irmandade de Isis. Os hieróglifos foram pesquisados por Durtin-Robertson e desenhados por Olivia Robertson. 

MANIFESTO 


Um número crescente de pessoas estão redescobrindo seu o amor pela Deusa. A princípio, este amor pode parecer não mais que um sentimento interno. Mas depressa se desenvolve; torna-se um desejo para ajudar ativamente a Deusa na manifestação do plano divino dela. Assim, a pessoa ouve tais perguntas como, "Como posso ser iniciado nos Mistérios da Deusa? Como posso experimentar uma comunhão mais íntima com ela? Onde estão os templos e os devotos mais próximos? Como posso juntar-me ao sacerdócio da Deusa?” entre muitas outras perguntas.
A Fellowship of Isis (Irmandade de Isis) foi fundada para responder a estas necessidades. A afiliação garante meios de promover uma comunhão mais íntima entre a Deusa e cada membro, de ambas as formas, isoladamente ou como parte de um grupo maior. Há centenas de Iseums e milhares de membros no mundo inteiro Desde que a Irmandade foi fundada em 1976 por Lawrence, Pamela e Olivia Durdin-Robertson, o Amor, Beleza e Verdade são expressos por uma Irmandade multi-religiosa, multi-cultural e multi-racial. O bem em todas as fés é honrado. O Fellowship of Isis não tem nenhuma afiliação particular.
A Irmandade é organizada com base na democracia. Todos os membros tem igual privilégio dentro da organização, participando de um Iseum ou Lyceum ou como um membro solitário. Este Manifesto abrange também as sociedades afilhadas: O colégio de Isis (The College os Isis), A espiral do Adepto (The Spiral of the Adepti), a Espiral da Alquimia (Spiral of Alchemy), a Honoravel Ordem de Tara (Noble Order of Tara) e o Clan Druidico de Dana (Druid Clan of Dana).
A Irmandade respeita a liberdade de consciência de cada membro. Não são requeridos votos ou compromissos de sigilo. Todas as atividades da Irmandade são opcionais e os membros são livres de resignar, sem que sejam feitas perguntas. A Irmandade é gratuita.
A Irmandade reverencia todas as manifestações de Vida. O Deus também é venerado. Os Ritos excluem qualquer forma de sacrifício, seja ele factual ou simbólico. A Natureza é venerada e conservada. O trabalho da Noble Order of Tara é o da preservação da Natureza.
A Irmandade aceita a tolerância religiosa, e não é exclusivista. Os membros são livres para manter outras submissões religiosas. A Sociedade está aberta a todos de qualquer religião, tradição ou raça. São bem-vindas as crianças, listadas como "Crianças de Isis", sujeito a consentimento parental
A Irmandade acredita na promoção de Amor, Beleza e Abundância. Nenhum encorajamento é dado ao asceticismo. A Irmandade busca desenvolver amizade, dons psíquicos, felicidade, e compaixão por toda a vida. O Druid Clan of Dana desenvolve os dons psíquicos da Natureza.
O colégio foi reavivada depois de sua supressão 1,500 anos atrás. Assim como Aset Shemsu, A FOI (Fellowship of Isis), sempre esteve viva nos Planos Internos. Foi nestes Planos Internos que o seu retorno se inspirou. Podem ser conferidos graus de Magi por Lyceums da College Of Isis. São oferecidos cursos por correspondência/e-mail. Não há nenhum voto nem segredo.
Os Iseums são as próprias fornalhas da Deusa, ou Deusa e Deus a Quem eles são dedicados. Estes são listados, juntamente com Lyceums, Groves e Priories nos sites da FOI. Todos estes centros e o site Isian news são apenas para o membros do FOI.
A “Archpriesthood Union” do Sacerdócio na FOI, juntamente com a “ArchDruid Union” do Clan Druidico de Dana e a “Grand Commander Union” da Honoravel Ordem de Tara (a Fundação de Unidade Tríplice da FOI) são os Guardiões que inspiram os ideais da Irmandade de Isis. Todos os membros são iguais e não são subjugados a ninguém. Todos trabalham com a Deusa – Ou Deusa e Deus – de sua própria fé. Todo ser – Humano, animal, pássaro, árvore – elemento – é uma eterna cria da Familia Divina da Grande Mãe, Deusa.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Oráculo de Gaia


Invocação à Gaia
  
Grande mãe e Senhora de tudo o que foi, é e será. Corpo no qual a vida cresce fértil e completa, os rios que correm em seu corpo alimentam a vida e fluem em harmonia com o movimento do cosmos, assim como todos os mistérios, ritmo e experiência sao abençoados pela sua graça e seu eterno, infinita luz e amor.
Oráculo

Saiba que aquele que procura por mim pode sempre me encontrar no punhado de tera que esta em tudo e sustenta tudo, pois EU estou sempre em tudo, Sou completa e perfeita. Dentro de seu corpo meus rios fluem – Sangue, lágrimas, suor e leite. Na sua carne está toda a manifestação e potêncial da vida. Dentro do seu ser são mantidos os mistérios e poderes, os quais são desconhecidos a ti, vida e morte acontencendo simultaneamente o tempo todo, pois seu corpo é o meu corpo e através do seu corpo você pode se conectar comigo e vir a mim. Dentro de ti eu cuido de tudo, A dinâmica e harmonia da existência.  Mais saiba que se do meu útero brota a vida, pelos rios da morte ela deve fluir. Através do caldeirão dos mistérios tudo se transforma, tudo retorna. Procure pela minha sabedoria em seu corpo: Seu folêgo se movimenta em sincronia com o meu, contraindo e se expandindo, assim como o meu útero dando a luz. O sangue que corre em seu corpo, limpando o seu corpo, assim como as aguas que fluem dentro da terra, os lençois freáticos. Seu coração sempre pulsante que te anima, é como o meu núcleo, cheio de magma, calor e luz. Em mim nunca há fome, em mim nunca há a necessidade. Honre e respeite o seu corpo, pois é seu instrumento e meio para me conhecer, assim como um punhado de terra nunca é a terra por inteiro, mas parte dela. Um dia você deverá retornar a ela e conferir-la o potêncial de vida. Mas lembre-se: Para que o novo seja criado, o velho precisa esvanecer. A semente precisa morrer para dar lugar a árvore, a gota de chuva precisa se tornar o oceano. Deixe-se a mudança e a renovação sejam bençãos em sua vida, pois o movimento é a essência da vida, a minha essência. Por essa transfomação dias nascem e morrem, a lua muda e os anos passam. Essa é a minha sabedoria, tudo está em tudo.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Oráculo de Ama-Terasu


Invocação à Deusa Solar.

Sempre que olho para o céu de dezembro, sinto o seu poder, mesmo quando encoberto por muitas nuvens, percebo a sua soberania irradiando força e calor ao redor que nos comanda com tranquilidade por muitos anos. Então eu digo: “Que Tu sempre exista! Que Tu sempre oriente! Pois mesmo em milhares de anos, sempre vou te servir com alegria e obediência!” Grande Deusa do Sol, garanta a sua graça a mim enquanto Tu te levantas e me banhe com suas bençãos durante os ciclos de dias e vidas!
Cântigo: Ama-Terasu – Ama-Terasu – Ama-Terasu.

Oráculo

 “Você observa o meu orbe dourado e  reflete, você se curva diante de minha glória e sente-se um joão-ninguem. Você me vê nos céus, mas nunca me encontra; O céu que procuras encontra-se abaixo dos seus pés.

Com ações gloriosas você me honra, cria asas me voa até mim, você me oferece a sua alma, mesmo eu estando em seu coração.

Na terra encontra-se meu esplendor, em sua escuridão encontra-se a minha recompensa, no pequeno contém o grande e em todas as criaturas brilha a minha faísca.
A terra é o sol em construção, com as asas escondidas em casulos. O vazio do espaço é a minha roupa. Quem sou Eu? Eu sou o Amor!”

terça-feira, 8 de novembro de 2011

ORÁCULO DA DEUSA RHEA


Invocação: Eu invoco a mãe das estrelas, Rhea da caverna de Diktaean, Que deu a luz às divindades de nossa galáxia.

Oráculo da Deusa Rhea através de sua Sacerdotisa.
Se vai Me encontrar, olhe para dentro de si. Dentro de ti existem o espaço, o tempo e todas as estrelas que conheces. Não á uma estrela sequer em meu ser que não ecoa a esperança, os sonhos, que cada criatura tem dentro de mim. Em mim não existe distância, não existe separação. Não sou Eu o vácuo do espaço? Tudo se movimenta em um acorde perfeito dentro da minha negritude: E nesta manifestação existe a luz!

Nada temas. Minha vida é eternal, portanto tudo o que foi, tudo o que é, tudo o que será, são filhos meus. Quando você pensa – você reflete Meus pensamentos; e quando você sente, você conhece o pulsar do meu coração. O hálito da vida é meu e é por este que você vive.  Mesmo assim, cada um é único: se não fosse assim, você não existiria. Nenhuma flor é igual a outra. Pois em mim está a origem da perfeição. Demonstre a minha graça em suas idéias e trabalhos, nos seus afazeres pessoais. Pois pelo que eu seguraria tantas estrelas em meu seio, se somente uma bastaria? Dê risadas! Eu sou muito grande para solenidades, muito poderosa para análises – No entanto nenhuma de minhas crianças deve ser desconsiderada. Em minhas risadas ouve-se a doce melodia das constelações.

Irmandade de Isis Liturgia
Por
Olivia Robertson

DEA, RITOS E MISTÉRIOS DA DEUSA

Inverno: Ritual da Estrela

Ritual no. 7

sábado, 5 de novembro de 2011

INTRODUÇÃO: SOBRE OS RITOS E MISTÉRIOS



Lady Olivia Robertson
Tradução e adaptação do texto de introdução ao livro Dea, misterios da Deusa da Fellowship Of Isis.

Os princípios da religião da Deusa concentram-se ao redor da lareira, do lar, da morada. Esta pode ser o fogo queimando no centro da terra ou o próprio sol, pois esta é a fonte da manifestação vida. Dentro do corpo de todas as mães, sejam Deusas, mulheres, fêmeas que dão à luz a ovos ou a sementes, a chama interior é o centro Divino. Nele está nossa própria vida, nosso coração, que bate constantemente para nos manter vivos e estabelece o ritmo da dança criativa.  O coração do Cosmos que bate constantemente dá o ritmo a todos os outros corações, até mesmo o leve pulsar da grama crescendo. Num nível terreno, o coração garante vida. Em outros níveis é Amor, já que o coração existe em todos os níveis.
As mulheres são sacerdotisas inatas da Grande Deusa, portanto têm o controle das lareiras. Onde quer que alguma chama queime, lá estará o Fogo Vestal guardado por Hestia. A tradição na Irlanda e em muitos outros países é que o fogo na lareira nunca pode ser apagado. Na época do Solstício de Inverno, o fogo é renovado com as brasas do fogo que está sendo substituído em Yule. É uma tarefa feminina manter esse fogo acesso e é uma tarefa masculina garantir combustível para que o fogo queime.
Para que um altar dedicado à Deusa seja erguido é necessário que este fogo maternal esteja presente. Em qualquer quarto de hotel, por mais impessoal que seja, em um apartamento ou num pequeno jardim, o fogo Vestal é o mesmo e garante os mesmos poderes como aqueles garantidos pela Deusa nos grandiosos templos antigos. Este fogo sagrado pode ser representado por uma vela acesa,  uma vareta de incenso, uma tocha ou mesmo um pequeno fogareiro. A fumaça representa o ar, o hálito sagrado que mantém o fogo vivo, assim como nosso fôlego combinado com o pulsar do nosso coração. Pela Lei Divina da Correspondência, tudo neste plano é uma representação material de uma realidade em outra esfera. Quando uma vela, incenso ou fogareiro é aceso com a intenção de honrar o Divino, um centro de comunicação é criado, estabelecendo uma conexão na corrente dourada, através dal qual é manifestada os poderes da Divindade que se invocou.
Após ter sido estabelecido o local do altar, é preciso criar uma proteção, uma esfera que possa guardá-lo. No passado, era uma tarefa masculina construir a morada ou o templo que guardasse o altar. Essa esfera, em grande escala, pode ser compreendida pela escuridão espacial que sustenta as galáxias num abraço obscuro. Pode ser também a atmosfera azulada com nuvens macias que mantém nosso planeta protegido como uma vestimenta sagrada. Pode ser também a crosta terrestre na qual todo o mistério está guardado. E pode ser também a camada protetora do útero, que contém uma criança ainda não nascida e reconhecida em pequenos animais: a cobra que protege seus ovos internamente em uma concha líquida, guardando sua cria e sua semente.
Apesar de respeitarmos os grandes templos, um quarto simples ou mesmo um bosque podem formar a esfera protetora do fogo divino colocado no altar. Este altar pode ainda ser psíquico, não precisa ser necessariamente construído com as mãos. O devoto, sentando em silêncio, contemplando, mesmo num recinto lotado, pode construir com a ajuda da visualização criativa um altar que vai garantir a privacidade da Alma. Pois essa proteção não é somente um útero ou uma casca, mas sim um estado de espírito. Levamos nossos templos acima da manifestação material.
Feito de pedra ou madeira, o altar é o trono de Ísis, o Palácio de Athena, o Corpo de Gaia. É o ponto de encontro entre as divindades e o devoto. Neste altar, Deusa e Deus se manifestam tanto em hierofantes quanto em todos os participantes. Os elementos colocados neste altar são focos materiais, sendo assim, a Divindade pode se materializar através da terra, ar, fogo e água e também através do óleo, que representa a união dos Quatro Elementos primordiais. Qualquer superfície ou mesa em um recinto pode ser utilizada como altar, assim como qualquer ponto cardeal, já que todos os cantos são sagrados à Deusa. No altar deve haver uma vela, uma pedra ou planta, incenso e um copo com água; sendo abençoados pelo devoto, são usados como foco para acessar a realidade mais profunda, espiritual.  Todos os elementos, todos os átomos, contêm a centelha necessária para a transformação.
Através desta realidade, o devoto invoca os Deuses e com um simples toque pode despertar a centelha divina em cada objeto.  A Terra protege, mas em outros níveis representa força e estabilidade. O Fogo traz vitalidade e em outros níveis representa o amor. O Ar simboliza a mente, o espírito e assim deve ser livre para se movimentar através do recinto. A Água é tão receptiva que deve ser mantida pura, mas sempre fluindo, vale ressaltar que como as emoções estagnadas, impedem a energia de fluir. Embora o simbolismo oculto possa variar em diferentes sistemas, o princípio é o mesmo. Todo e qualquer objeto, por mais humilde que seja, pode se tornar uma chave para acessar as realidades em outras esferas. O propósito de um ritual é fazer vibrar uma nota em outros níveis, mesmo que com um sino, gongo ou sistrum, e assim despertar a mesma nota em harmonia com o seu ser.
Quando um altar é despertado através de sua verdadeira nota e cor, inicia-se uma melodia, como se fosse uma harpa bem afinada. É a consciência do devoto que produz esta transformação, pois os Deuses abrem as portas para aqueles que batem nelas. Eles respondem os que estão prontos e buscam a expansão da consciência e com isso o caminho da iniciação. Os espíritos elementais, as Sidhe, Devis e Devas, irão caminhar em harmonia com aqueles que tratarem os Elementos com respeito. Nenhum espírito deverá ser comandado, nem mesmo se for possível: eles atendem de bom grado aqueles que realizam o trabalho da Grande Mãe!
Contudo, representações físicas são de grande ajuda. Uma figura da Deusa e um incenso podem passar despercebidos... E quem irá ser contra uma caixa de fosfóro e um copo de água? Um fósforo aceso é o suficiente para invocar o elemento Fogo, mas todo o cuidado é pouco, independente de qual esfera vais trabalhar. Uma música tocando ao fundo ajuda a mente a levantar voo e a leitura de rituais estimula o espírito.
Quando o uso constante do altar começa a se estabelecer, o devoto começa a receber a ajuda preciosa dos seres de luz e aliados. A união com os Deuses não é somente mais uma promessa, se torna um fato! E então vem a escolha. Existem aqueles que preferem caminhar sozinhos, é um caminho muito respeitado e valoroso, mas a intenção destes rituais e trabalhos é que sejam expandidos para os colegas e grupos. Dois ou três amigos, reunidos, descobrindo e fortalecendo a alegria e os poderes garantidos através do contato com os Deuses. A experiência vem através de discussão e prática. Uma visão mais ampla é garantida aos que meditam e relatam suas meditações. Um caminho multi-colorido é criado, onde algumas experiências são semelhantes, outras diferentes, mas cada uma é única.  Os guias podem variar, desde nacionalidades até panteões e conforme os trabalhos evoluam, os que participam deles também evoluem e com isso a consciência de que todos estão em harmonia com o trabalho em favor da Humanidade.
Há planos inferiores aos nossos? O que pode interferir nos nossos trabalhos? Não existe interferência, os níveis se interlaçam e precisam um do outro. Pois há apenas uma certeza: somos todos diferentes e temos todos algo a oferecer à Grande Mãe, além de hinos e preces.
Nos ritos sazonais, as invocações são centradas em uma época especial do ano, como os movimentos cíclicos dos astros e com as mudanças das estações na Terra. Para aqueles que vivem em cidades grandes, longe da natureza em seu estado mais conservado, até a visualização do Stonehenge ou mesmo de uma constelação ou da estrela polar no Solstício de Inverno pode trazer à alma alimento e conforto, assim como lembranças de uma vida passada e harmonia com os espíritos. Quando se celebra os ritmos da Terra, uma harmonia com o cosmos é garantida. Em um recinto durante um ritual, uma televisão pode representar os mistérios do Sol, assim como a lâmpada pode ser um signo do universo que nos circula, os tapetes são a trama da vida, a cama o leito da terra e as paredes representações das nossas próprias barreiras e obstáculos. Tudo se torna sagrado quando visto da perspectiva divina.
O uso criativo da imaginação divina ajuda a alma, enquando o corpo aguarda e poucas mudanças acontecem nos arredores materiais, mas com a mente é diferente. E assim é o caminho espiritual do desenvolvimento, mas quando a atividade ritualística é criada, o poder é manifestado nas esferas materiais!
Toda forma de arte fortalece os rituais e traz à tona mudanças profundas. Quando liturgias antigas são recitadas e as palavras de poder proferidas, o som repercurte através dos séculos, som invocando som. As palavras ditas, mesmo que traduzidas, reforçam  aquelas usadas nos templos, a séculos atrás.
Qualquer ritual que invoque os Deuses através de uma religião misteriosa – que lida com o desconhecido – tem o efeito garantido através dos níveis de consciência e da própria Terra. Através das eras, as pessoas vêm aprendendo a se comunicar com os que habitam outras esferas. Precisamos de todo conhecimento, compreensão e bons fluídos que pudermos obter para que possamos viver aqui em paz uns com os outros, com todos os seres vivos e com todas as criaturas, somente assim poderemos ser felizes em todas as esferas, incluindo o pós-vida.
Entretanto, foi usado neste rituais um fator comum para interação: a Fonte Materna, a Deusa Mãe, e existe uma boa razão para isso. Durante a Era do Ferro, que durou aproximadamente 3.500 anos, os Deuses e o Deus têm sido invocados e cada vez mais a Deusa foi excluída. Agora este período tem dado espaço para a era sub-atômica ou era espacial, envolvendo cada vez mais o aparentemente sobrenatural “Éter”. Para proteger a vida no nosso planeta é essencial que o equilíbrio e a harmonia sejam restaurados, principalmente no ocidente, onde a energia Marte-Saturno ou machista-agressiva predomina. A natureza psíquica e atraente da Deusa se faz necessária para que Marte seja acalmado e Saturno amansado. Quando uma espécie está em perigo de extinção uma transformação significativa acontece. Esta transformação é voluntária, acontecendo entre os que trilham o caminho do Oculto. Para evitar este processo é necessária uma ação que una tanto o psíquico quanto o físico: Neste momento o ritual cumpre seu propósito, fazendo uso das artes e da expressão saudável de sentimentos em forma de movimento para que se alcancem as esferas do despertar místico.
Uma procissão em espiral em direção ao templo ou ao quintal certamente envolve as duas esferas: psíquica e material. Após a cerimônia, o campo ou o jardim se apresentam diferentes, uma atmosfera mais viva, que pode ser sentida por aqueles treinados nas artes ocultas. O uso de capas e vestimentas, jóias e acessórios, assim como a música, certamente fortalecem o ritual. No entanto, se os vizinhos se sentem incomodados com o barulho e com a movimentação, tudo o que é preciso então é uma caminhada calma e serena na qual as bênçãos e energias curativas são enviadas para as plantas e para a Terra, voltando em seguida para um local fechado onde se efetuará devidamente o ritual. Após o término, se faz necessário o retorno ao ambiente externo, de prefência pelo caminho contrário, isso não é para desfazer as bênçãos e sim para ampliá-las, intensificá-las e distribuí-las para a vizinhança, para a Terra e para as plantas!
É melhor que durante os rituais e mistérios se use realmente plantas e terra,  água e fogo, óleo e incenso. Mas estes podem ser simbólicos ou ter uma representação simples e humilde. Os elementos Água e Fogo podem ser representados por uma mangueira com água corrente e um pequeno fogareiro.
O ritual inicia-se com a invocação de uma divindade e encerra-se com o devido agradecimento à divindade invocada. Agradecer envolve uma aceitação da graça atendida, muitas vezes rezamos e esquecemos logo em seguida. Portanto, por sete dias ou talvez nove após o ritual os que tomaram parte no rito devem ficar atentos para possiveis efeitos, já que a consciência só pode perceber aquilo que está acontecendo conosco no momento. A aura ao redor de plantas e árvores pode ficar mais aparente, uma vitalidade toma conta não só dos participantes, mas também de seus entes queridos e amigos, curas acontecem na vizinhança. Nenhum participante permanece o mesmo após participar e aproveitar verdadeiramente de um ritual.
Nos rituais, os Deuses abençoam a comida e a bebida e garantem suporte e ajuda. Os rituais são para todos, mas os Mistérios vão além. Os mistérios são para os que estão preparados para um desenvolvimento maior na ordem do ser e tal desenvolvimento não pode ser trazido à tona por qualquer cerimônia, mas a cerimônia prepara a alma e a personalidade para aquilo que está por vir. Isso pode ser numa fração de segundo: assim como um passo é dado para entrar no Outro Mundo, o levantar dos véus pode vir tão inesperadamente quanto a morte ou mesmo de forma tão intensa quanto o amor e é tão benéfico quanto.
Os Mistérios contidos nos próximos rituais são apresentados de maneira nova, mas são os mesmos praticados por nossos ancestrais. Qualquer um destes pode ser usado para a iniciação: uma mudança de estado. Assim como podem ser usados para funerais ou para batismos, casamentos ou qualquer outro rito de passagem. Estes Mistérios são relevantes para qualquer alteração de consciência.
Estudando os rituais pode parecer que há somente um lugar ou dois para os neófitos em cada dramatização. É necessário refletir que é Osíris quem morre e renasce, e assim é com o candidato à iniciação. Psique e Demophoon aprenderam lições necessárias de suas Divindades tutoras, Teseu foi guiado através do labirinto pela Sacerdotisa Ariadne, cada um de maneira individual, a mudança acontece num nível individual.
Mas não devemos esquecer do papel das parceirias no desenrolar dos mistérios, pois estas também fazem parte do Drama. A  própria Demeter aprende a dividir sua filha em três ciclos: Um com sua mãe, outro com Hades e outro com os amigos na terra. Todos tem sua função e todos tem seu papel quando se trata de despertar a consciência para os mistérios divinos.

Iseum Rosa de Gaia.



O Projeto Rosa de Gaia é um caminho iniciático que se baseia nos Mistérios do Sagrado Feminino, nas energias que nos circundam e nos planos espirituais que podem ser acessados através de meditações e com o despertar da consciência mística.
            Este caminho tem como divindade inspiradora Gaia, é através do simbolismo da Grande Mãe Terra que se trabalha as esferas mágicas do físico e do psíquico. O corpo humano é uma representação do corpo de Gaia, portanto contém em si todo o seu potêncial e todos os seus mistérios. Durante o percurso, o cadidato vai trabalhar intensamente com os Quatro Elementos, com os quatro estágios da vida e com as quatro direções cardeais, com a magia alquímica, Cabala mágica, com transe profundo e oracular, com referência no Oráculo de Delfos (originalmente erguido em trabalhos a Gaia e somente depois de anos presidido por Apollo) e com trabalhos de cura, já que uma premissa do caminho é “cure a si mesmo e assim a Terra será curada”, obedecendo a lei de magia simpática e inspirado na máxima hermética de que o que está acima é como o que está abaixo. Gaia pode ser a Deusa inspiradora deste trabalho, mas ao avançar na senda muitas Deusas e Deuses serão orientadores e mestres no caminho, que explora todas as esferas, tendo início na construção de bases energéticas que possam sustentar o trabalho mágico avançado e estimulando o despertar de faculdades psíquicas inatas aos seres humanos.
            O trabalho na Rosa de Gaia tem forte inspiração e sustentação na liturgia contida na Irmandade de Isis (Fellowship of Isis), nos trabalhos de cura holística, hermetismo e magia cerimonial. Orientado por Phoenix Solar, Sacerdote Hierofante da Irmandade de Isis (FOI), afiliado ao Iseum de Apollo e Artémis e ao Lyceum de Hathor – EUA e Irlanda, Mestre Reiki tradicional Tibetano, Seichim das Sete Facetas, Seichim Angelical, Angelic Expressions TM e em Kundalini Reiki, trabalha com cura prânica e cura polar, afiliado ao Colégio dos Magos – RJ e co-fundador do grupo de estudos e prática de Bruxaria Trina Luna Solaris.
            O objetivo do trabalho com a Rosa de Gaia é despertar e trabalhar com a centelha divina presente em cada ser, presente em tudo o que foi criado pela Deusa, inspirando uma cura profunda e uma transformação reveladora com o despertar da consciência divina. Com a crença de que todas as Deusas são uma só e todos os Deuses são um só, não orienta panteões, muito pelo contrário, incentiva o trabalho com diversas fontes de conhecimento divino, pois a Deusa é plural, a Deusa é criativa e nos fez diferentes e por isso a diversidade é celebrada, respeitada e vista como uma manifestação da energia criadora.

Mahina Lyceum, O Oceano primordial de Hina.


 “No inicio só existia Po, a escuridão, um infinita noite se forma, sem inicio nem fim. Mas dentro desse vazio um pensamento emergiu, uma inteligência que pariu uma imensidade de tempo e espaço.
            E da escuridão se fez um útero, a Mãe Terra Papa (Pa-PAH) e em seguida a luz, a luz do Pai Céu,Wakea. Em sua dança a luz masculina penetrou a escuridão feminina e desta união de opostos foi criado um universo de diferenças: Macho e Fêmea, Luz e Escuridão, Frio e Quente, Duro e Macio, Molhado e Seco, Tempestade e Calmaria e tudo o que existe entre eles. Um universo plural, rico e criativo.
            Assim o Universo ganhou forma e vida, pois somente com o casamento de Luz e Escuridão é que as formas podem ser reveladas. Somente com a luz do sol é que todas as coisas podem crescer, embaladas pelo útero de escuridão da Terra, o ovo, o solo.
            Então nasceram os grandes espíritos da Polinésia. Os espíritos masculinos são conhecidos no Havaí como Ku, patronos dos trabalhos dos homens, Kane (Ka-nei) O criador, Lono O que dá a vida e Kanaloa, senhor dos mares. Sua Irmã é Hina.
            Hina é a maior força ancestral feminina, seus poderes reprodutores e criativos a fizeram Mãe dos Deuses, madrinha das artes femininas, artesanato e outras atividades. Seu nome aparece em suas diversas manifestações. Como Hina’opuhalako’a ele é mãe de todas as criaturas do mar, como Hinapukui’a é a madrinha das mulheres que recolhem os frutos do mar para alimentar sua comunidade e das que cultivam batata-doce. Como Haumea ela é mãe da Deusa do fogo, Pele dentre muitos outros espíritos.
            Insultada por seus irmãos Deuses, ele voou para a Lua entristecida onde tece as fibras do Tapa, o vestuário tradicional da Polinésia rural, conforme vai batendo seu véu as nuvens do céu noturno  vão se formando e deslizando em frente a estrelas. Mahina é o nome da lua e também significa “Mês”, reconhecendo o ciclo mensal feminino em todas as coisas.Os jardins eram plantados de acordo com os ciclos de Hina e seu calendário Lunar.”

           Os trabalhos do Lyceum serão baseados nos ciclos lunares, para cada lunação um trabalho diferente. O candidato deverá trabalhar uma face da lua durante um mês, ou mais se desejar. Seus trabalhos irão começar na face específica referente ao estágio escolhido. A cada fase da lua o candidato vai realizar uma meditação para sintonizar seu corpo, mente e espírito aos ciclos lunares.
A conexão com Hina na lua cheia, será com uma meditação orientada sobre o oceano primordial, o útero da vida. O candidato vai viajar através do tempo e espaço até o momento de criação, de quando a vida brotou da água, o objetivo deste estágio e colocar a pessoa em contato com o desenvolvimento psíquico e espiritual dos trabalhos do Lyceum. Para estes trabalhos será necessária a leitura do Livro “A luz da Deusa” – Rae Beth.
            Durante a lua minguante o candidato vai iniciar seus trabalhos com água. Purificação com água salgada, Kala, scrying e o uso de espelhos para meditar acerca do plano astral. Baseado na linha de curso da Irmandade de Isis (Fellowship Of Isis) o ponto principal aqui é colocar o candidato como responsável pelo próprio destino. Neste trabalho estarei usando algumas técnicas da Tradição Feri como ensinadas por Starhawk, T. Thorn Coyle e VeeDub
            Durante a lua nova o candidato vai adentrar o mundo do transe, tendo inicio nos reinos interiors do ser, lugar de poder e técnicas básicas de aterramento, centramento e concentração. Para este trabalho estarei usando o livro “Trance-Portation” – Diana Paxson e “Shamanic Journeying” – Sandra Ingerman.       
             A lua crescente será o momento de o candidato trabalhar com plantas. Os trabalhos envolvem a escolha de uma semente ou muda do desejo particular para que ela seja plantada e seu crescimento observado através das técnicas de transe, meditações, entre outras. O ponto principal é perceber a maneiro como os ciclos da lua influenciam o crescimento das plantas e de que maneira somos influenciados por eles também, nos conectando com a natureza e a vida ao redor.
         Neste período o candidato estará realizando os ritos da liturgia da Irmandade de Isis (Fellowship of Isis). O elemento de trabalho neste programa será a água em suas múltiplas formas, física, espiritual, emocional e inconsciente.